quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Confirmado o lançamento da edição especial de 50 anos de All Things Must Pass

A esposa de George Harrison, Olivia, e seu filho, Dhani, revelaram que eles estão trabalhando em uma edição do 50º aniversário de All Things Must Pass. A informação foi passada à Rolling Stone, durante uma entrevista sobre o selo de George Harrison, Dark Horse, onde ambos forneceram várias informações interessantes sobre o passado das gravadoras e a carreira solo de Harrison nos anos 1970.

Mas talvez o mais empolgante de tudo seja a revelação da riqueza de material que eles descobriram peneirando os arquivos da gravadora. “Temos pessoas vasculhando montanhas de fitas e elas continuam chegando”, diz Dhani com entusiasmo. “Caixas e mais caixas delas”.

Com a estreia solo de George Harrison, All Things Must Pass, completando 50 anos em novembro, Olivia também confirmou que a família Harrison está trabalhando em algo especial para o lançamento. “Muito disso foi pirateado”, disse Olivia referindo-se especificamente ao material da era All Things Must Pas, “mas temos versões melhores. Temos todas as 24 faixas de All Things Must Pass e encontramos muitos takes diferentes e conversas no estúdio”.

Uma série de covers de Bob Dylan, bem como ‘Window, Window’, uma canção escrita por Harrison e Dylan, também foram gravadas nessa época, mas nunca lançadas formalmente. Também informaram que versões expandidas do Concerto para Bangladesh, do álbum Living in the Material World e da controversa turnê de 1974 pelos Estados Unidos estão sendo igualmente consideradas. “A voz dele está muito cansada, mas na minha opinião, soa ótima”, disse Dhani sobre a turnê de 1974. “É áspero e tem textura”, concorda Olivia. “Dá para ouvir a fragilidade em todas as músicas. É uma visão diferente de muitas de suas músicas”.

A esposa de Harrison então sugere que a quantidade de filmagens capturadas nos bastidores durante a turnê “poderia dar um ótimo filme de turnê. A filmagem dos bastidores é incrível e histérica. Passaram-se coisas nos bastidores que não acontecem agora. Agora tudo é tão simples, o oposto de espontâneo”.

Marcadores: , ,

Vem aí mais uma coletânea de John Lennon: Gimme Some Truth


Há uma nova compilação de John Lennon chegando em 9 de outubro, dia que que teria sido seu 80º aniversário. Intitulada Gimme Some Truth, a coleção foi produzida por Yoko Ono Lennon e produzida por Sean Ono Lennon, que escolheu as 36 músicas que "foram totalmente remixadas do zero, atualizando radicalmente sua qualidade sonora e apresentando-as como nunca antes ouvidas. A experiência auditiva definitiva".

"John era um homem brilhante com um grande senso de humor e compreensão", escreveu Yoko Ono Lennon no prefácio do livro que acompanha a Deluxe Edition. "Ele acreditava na verdade e que o poder das pessoas mudará o mundo. E mudará. Todos nós temos a responsabilidade de visualizar um mundo melhor para nós e nossos filhos. A verdade é o que criamos. Está em nossas mãos".

A Deluxe Edition de Gimme Some Truth vem como uma combinação de 2 CDs + Blu-ray, com o Blu-ray com Dolby Atmos e mixagens de som surround 5.1, além de um livro de 124 páginas, pôsteres, cartões postais e um adesivo de para-choque. Há também uma versão em vinil quádruplo, uma versão em vinil duplo e uma versão em CD único (19 faixas).

 

JOHN LENNON

GIMME SOME TRUTH - THE ULTIMATE MIXES

DELUXE BOX SET

124 PAGE BOOK, 1 FOLD OUT POSTER, 2 POSTCARDS, 1 BUMPER STICKER.
1 BLU-RAY AUDIO DISC: 36 TRACKS IN HIGH DEFINITION 24-96 STEREO, 5.1 SURROUND SOUND, DOLBY ATMOS.
2 CDS: 36 TRACKS IN STEREO.

CD1
1. Instant Karma! (We All Shine On)
2. Cold Turkey
3. Working Class Hero
4. Isolation
5. Love
6. God
7. Power To The People
8. Imagine
9. Jealous Guy
10. Gimme Some Truth
11. Oh My Love
12. How Do You Sleep?
13. Oh Yoko!
14. Angela
15. Come Together (live)
16. Mind Games
17. Out The Blue
18. I Know (I Know)

CD2
1. Whatever Gets You Thru The Night
2. Bless You
3. #9 Dream
4. Steel and Glass
5. Stand By Me
6. Angel Baby
7. (Just Like) Starting Over
8. I'm Losing You
9. Beautiful Boy (Darling Boy)
10. Watching The Wheels
11. Woman
12. Dear Yoko
13. Every Man Has A Woman Who Loves Him
14. Nobody Told Me
15. I'm Stepping Out
16. Grow Old With Me
17. Happy Xmas (War Is Over)
18. Give Peace A Chance

BLU-RAY AUDIO DISC
All of the above thirty-six tracks, available in High Definition audio as:
1. HD Stereo Audio Mixes (24 bit/96 kHz)
2. HD 5.1 Surround Sound Mixes (24 bit/96 kHz)
3. HD Dolby Atmos Mixes

 

4 LP BOX SET

8 PAGE BOOKLET, 1 FOLD OUT POSTER, 2 POSTCARDS, 1 BUMPER STICKER.
36 TRACKS IN STEREO.

LP 1 SIDE A
1. Instant Karma! (We All Shine On)
2. Cold Turkey
3. Working Class Hero
4. Isolation
5. Love

LP 1 SIDE B
6. God
7. Power To The People
8. Imagine
9. Jealous Guy

LP 2 SIDE A
10. Gimme Some Truth
11. Oh My Love
12. How Do You Sleep?
13. Oh Yoko!
14. Angela

LP 2 SIDE B
15. Come Together (live)
16. Mind Games
17. Out The Blue
18. I Know (I Know)

LP 3 SIDE A
19. Whatever Gets You Thru The Night
20. Bless You
21. #9 Dream
22. Steel And Glass
23. Stand By Me

LP 3 SIDE B
24. Angel Baby
25. (Just Like) Starting Over
26. I'm Losing You
27. Beautiful Boy (Darling Boy)
28. Watching the Wheels

LP 4 SIDE A
29. Woman
30. Dear Yoko
31. Every Man Has A Woman Who Loves Him
32. Nobody Told Me

LP 4 SIDE B
33. I'm Stepping Out
34. Grow Old with Me
35. Give Peace a Chance
36. Happy Xmas (War Is Over)

 

2 CD GATEFOLD IN SLEEVE

20 PAGE BOOKLET, 1 FOLD OUT POSTER.
36 TRACKS IN STEREO.
TRACKS ALSO AVAILABLE ON STREAMING.

CD1
1. Instant Karma! (We All Shine On)
2. Cold Turkey
3. Working Class Hero
4. Isolation
5. Love
6. God
7. Power To The People
8. Imagine
9. Jealous Guy
10. Gimme Some Truth
11. Oh My Love
12. How Do You Sleep?
13. Oh Yoko!
14. Angela
15. Come Together (live)
16. Mind Games
17. Out The Blue
18. I Know (I Know)

CD2
1. Whatever Gets You Thru The Night
2. Bless You
3. #9 Dream
4. Steel And Glass
5. Stand By Me
6. Angel Baby
7. (Just Like) Starting Over
8. I'm Losing You
9. Beautiful Boy (Darling Boy)
10. Watching the Wheels
11. Woman
12. Dear Yoko
13. Every Man Has A Woman Who Loves Him
14. Nobody Told Me
15. I'm Stepping Out
16. Grow Old with Me
17. Give Peace a Chance
18. Happy Xmas (War Is Over)

 

2 LP GATEFOLD

8 PAGE BOOKLET, 1 FOLD OUT POSTER, 1 BUMPER STICKER.
19 TRACKS IN STEREO.

LP 1 SIDE A
1. Instant Karma! (We All Shine On)
2. Cold Turkey
3. Isolation
4. Power To The People

LP 1 SIDE B
5. Imagine
6. Jealous Guy
7. Gimme Some Truth
8. Come Together (live)
9. #9 Dream

LP 2 SIDE A
10. Mind Games
11. Whatever Gets You Thru The Night
12. Stand By Me
13. (Just Like) Starting Over
14. Beautiful Boy (Darling Boy)

LP 2 SIDE B
15. Watching The Wheels
16. Woman
17. Grow Old With Me
18. Happy Xmas (War Is Over)
19. Give Peace A Chance

 

1 CD GATEFOLD

20 PAGE BOOKLET.
19 TRACKS IN STEREO.
ALSO AVAILABLE ON DIGITAL (DOWNLOAD ONLY).

1. Instant Karma! (We All Shine On)
2. Cold Turkey
3. Isolation
4. Power To The People
5. Imagine
6. Jealous Guy
7. Gimme Some Truth
8. Come Together (live)
9. #9 Dream
10. Mind Games
11. Whatever Gets You Thru The Night
12. Stand By Me
13. (Just Like) Starting Over
14. Beautiful Boy (Darling Boy)
15. Watching the Wheels
16. Woman
17. Grow Old with Me
18. Happy Xmas (War Is Over)
19. Give Peace a Chance

FILED UNDER: BOX SETS, JOHN LENNON, REISSUES, SEAN ONO LENNON, THE BEATLES, YOKO ONO, YOKO ONO LENNON
CATEGORIES: MUSIC NEWS



Marcadores: , ,

Qual o álbum dos Beatles favorito de George Harrison?


Os Beatles lançaram uma obra incrível, considerada uma das maiores contribuições artísticas da história da humanidade. A grosso modo, podemos dizer que são 13 álbuns e algumas dezenas de singles. Para os fãs, escolher qual deles é o favorito é um exercício que já dura décadas. Mas e quanto ao “terceiro beatle” George Harrison, qual seria o favorito dele? Seria o Sgt Pepper, disco onde ele levou a influência da música indiana às últimas consequêncis, com a sua “Within You Whithout You”? O Revolver, em que conseguiu emplacar 3 das suas músicas em um álbum simples? Álbum Branco, com 4 das suas músicas, inclusive a maravilhosa “While My Guitar Gently Weeps”? Abbey Road, onde está “Something”, que muitos consideram a melhor canção de amor de todos os tempos? Nenhuma das respostas anteriores, meus caros…

“Rubber Soul era meu álbum favorito”, ele revelou uma vez. “Mesmo naquela época, acho que foi o melhor que fizemos”, acrescentou ele ao refletir sobre o disco icônico, durante uma entrevista nos anos 90. Embora possa ser fácil ver isso como o primeiro momento em que Harrison realmente explodiu, ele ama o álbum por um motivo diferente. Ele relembrou melancolicamente: “O mais importante sobre isso é que de repente estávamos ouvindo sons que não podíamos ouvir antes. Além disso, estávamos sendo mais influenciados pela música de outras pessoas e tudo estava florescendo naquela época – incluindo nós”. Rubber Soul, lançado em 1965, é frequentemente visto como um dos álbuns mais experimentais dos Beatles e reflete um momento de criatividade desenfreada dentro da banda – um sentimento estimulante que acenderia o resto da produção subsequente do Fab Four. Indiscutivelmente, este foi o momento em que os Fab Four transcenderam as sensações pop em ícones musicais.



Marcadores: ,

Como o single "Hey Jude" estragou a festa dos Rolling Stones


Ontem, deparei-me com uma história muito interessante, e até então inédita para mim, sobre o impacto de “Hey Jude” antes mesmo do lançamento do single. Conta como “Hey Jude” ofuscou o lançamento do Beggar’s Banquet (O Banquete dos Mendigos), dos Stones, contada pelo Tony Barrow. Daí, aproveito para contar a estória e lembrar uma ou outra coisinha a mais sobre esta memorável canção, um dos mais belos “filhotes” de Paul.

Era o mês de agosto de 1968. Um dos clubes de sucesso em Londres era o Vesuvio Club. Embora os Fabs não o frequentassem, os donos do clube garantiam o movimento: eram os stones Mick Jagger e Keith Richards, além de um terceiro sócio, Tony Sanchez, que era também gerente do lugar.

Mick Jagger morava na Califórnia, mas decidiu ir a Londres especialmente para fazer uma dupla comemoração no Vesuvio: seu aniversário de 25 anos e o lançamento de “Beggar’s Banquet”, o mais recente álbum dos Stones, aguardado com ansiedade pelo público e pela crítica. E assim foi: o Vesuvio foi preparado para a festa, recebendo a nata do cenário musical da época. A única coisa com que Jagger não contava era que os Beatles, naturalmente convidados, fossem “melar” os planos, ofuscando o que os Stones tinham para mostrar. Ele não podia prever que, no banquete dos Stones, “Hey Jude” acabaria sendo o prato principal!

Apenas John e Paul foram ao Vesuvio naquele dia, e Paul trazia um disco debaixo do braço. Era uma cópia em acetato do mais novo single dos Beatles, com “Hey Jude” e “Revolution”. O single estava prestes a ser lançado, e até então ninguém além dos próprios Beatles e dos poucos privilegiados a compartilhar os estúdios havia escutado “Hey Jude”. Na verdade, ainda não haviam decidido se a música deveria ser lançada naquele formato, pois era considerada excessivamente longa para um single – duvidava-se que os DJs das rádios fossem executar uma faixa de sete minutos. Na época, John estava quase sempre na casa de Paul em Cavendish Avenue, onde foi composta “Hey Jude”, tendo a participação de John apenas no apoio à manutenção do verso “The movement you need is on your shoulder”, que Paul, autor da canção, considerava fraco. Assim, o verso foi mantido e a canção foi gravada entre 29/07 e 02/08 de 1968. Após vários takes feitos apenas com a participação dos Beatles, George Martin assumiu o comando para adicionar a orquestração, que tornaria a faixa realmente longa, uma vez que Paul teve a idéia de pedir aos músicos que o acompanhassem batendo palmas e cantando o “na, na, na, na, na, na, na… na, na, na, na… hey Jude”, refrão que se estende na parte final da música.

Uma vez concluídas a gravação e a mixagem, iniciou-se a polêmica interna sobre o uso de “Hey Jude”. Afinal, era o primeiro single que os Beatles iam lançar com o selo da récem-fundada Apple, e isso representava muito para eles. John e Paul, em fase de intensa “competição” interna, centralizavam as discussões: embora Paul estivesse convencido de que a música, mesmo longa, seria um sucesso, John o questionava, talvez desejoso de que “Revolution”, já gravada, figurasse no lado A do single, conforme planejado inicialmente. No fim das contas, o ponto de vista de Paul acabou prevalecendo: “Hey Jude” ficou com o lado A, “Revolution” com o lado B, e as primeiras prensagens de teste do single foram feitas.

O que nos leva de volta ao Vesuvio Club… lá estavam Paul e John, na festa de lançamento de Beggar’s Banquet. E tudo corria bem, até que Paul, por iniciativa própria (ou seja, sem consultar John, que estava ao seu lado e ficou claramente irritado com a atitude impulsiva de seu partner), pediu ao gerente do clube que tocasse uma inédita dos Beatles. E assim foi feito, e o público da festa foi presenteado com a primeira audição pública de “Hey Jude”! Claro que o efeito foi incrível: a música impressionou a todos e, a pedidos, foi tocada repetidas vezes durante a noite, ofuscando completamente o tema da festa, que eram as músicas do Beggar’s Banquet, dos Stones… (O impacto positivo era tudo que Paul precisava para ratificar sua posição em relação a “Hey Jude”, que manteve-se inalterada em seus 7 minutos e 11 segundos de duração e assegurou de uma vez por todas o lado A do single). Não poderia haver melhor vitrine do que aquela “exibição-teste” improvisada no Vesuvio, já que ali estavam reunidas diversas personalidades do meio musical, além de críticos e jornalistas, que imediatamente espalharam as boas novas: os Beatles tinham uma nova canção, e ela era maravilhosa. Assim, “Hey Jude” obteve ainda mais promoção espontânea, até que fosse lançado oficialmente o single “Hey Jude”/”Revolution” na Inglaterra, em 30 de agosto de 1968.

Como já era de se esperar, “Hey Jude”, a canção cujos versos surgiram pela vontade de Paul em consolar o pequeno Julian Lennon, que sofria com a separação de seus pais, foi mesmo um sucesso: foi número um em diversos países, não somente nos mais óbvios, como Inglaterra e Estados Unidos, mas também na Holanda, Irlanda, Bélgica, Alemanha Ocidental, Noruega e Suécia, e até mesmo nas distantes Nova Zelândia, Malásia e Cingapura. Ah, e pela primeira vez, com esse single, os Beatles alcançavam o topo das paradas no Brasil. E acho que não há mesmo quem resista a cantar junto quando Paul começa aquele “na, na, na, na, na, na, na… na, na, na, na… hey, Jude”.

Marcadores: ,