quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Paul McCartney diz que não dá mais autógrafos e não faz selfies


Quem possui um autógrafo de Paul McCartney pode ter em mãos um produto que vai se valorizar muito. Segundo revelou o ex-Beatle ao Reader’s Digest (via NME), ele parou de dar autógrafos, chamando o processo de “um pouco estranho”.

Paul abordou a questão de ser parado pelos fãs para dar autógrafos ao longo de sua carreira, e por que ele se cansou desse processo: “Sempre me pareceu um pouco estranho”, disse ele, acrescentando que não faz sentido escrever seu nome em um pedaço de papel: “Nós dois sabemos quem eu sou”.

Essa atitude não tem relação com a evolução tecnológica, que anda substituindo autógrafos por selfies. O músico deixa claro que também não entende a ideia de tirar esse tipo de foto com os fãs, e que prefere ter uma conversa com eles. “O que você geralmente tem é uma foto com um cenário ruim e eu parecendo um pouco infeliz”, disse Paul, emendando: “Vamos conversar, vamos trocar histórias”.

Paul McCartney e os Beatles passarão a ganhar mais destaque na mídia nos próximos dias com a aproximação da chegada do documentário de Peter Jackson no Disney+, que apresentará a produção The Beatles: Get Back em três partes, nos dias 25, 26 e 27 de novembro. O filme, que se concentrará na produção do álbum Let It Be com imagens raras e histórias inéditas do quarteto de Liverpool, teve um novo trailer disponibilizado recentemente no YouTube,

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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Paul McCartney esconde maconha na fazenda para que os adolescentes não o roubem

 


Paul McCartney revelou que cultiva cânhamo em sua fazenda, mas teme que suas plantações possam ser alvos de ladrões.


O ex-Beatle começou a produzir safras de cânhamo, centeio, trigo e peras em sua casa em Peamarsh, perto de Rye. Falando no podcast River Cafe Table 4, Paul disse que está seguindo as regulamentações do governo para cultivar o cânhamo e esconde suas safras para impedir que sejam roubadas por adolescentes.

“Na verdade, estamos apenas começando a cultivar cânhamo. O engraçado com as regulamentações governamentais é que você tem que mantê-lo onde as pessoas não possam ver, para evitar que as crianças venham e roubem tudo”, disse ele.

O cânhamo vem da mesma espécie que a cannabis, mas ao contrário da cannabis, o cânhamo contém níveis muito baixos de tetrahidrocanabinol (THC) – substância psicoativa que produz o “barato” associado ao fumo de maconha. É legal cultivar cânhamo no Reino Unido se uma licença for obtida por meio do Home Office. O produto é usado na fabricação de tecidos, cosméticos, cordas, tintas para impressoras, preservativos, detergentes, sabonetes e óleo para iluminação.

Paul McCartney, 79, disse que tudo o que é produzido em sua fazenda é orgânico e que ele não usa agrotóxicos ou fertilizantes. “É orgânico. Eu me tornei orgânico há mais de 20 anos. Quando comprei a fazenda, havia alguns campos onde os rapazes da fazenda diziam: ‘Não há minhocas nesses campos. Não há vida’. Isso porque, basicamente, tudo o que se fez foi aplicar pesticidas e, em seguida, colocar fertilizante. Eu pensei, ‘OK, isso é um desafio, vamos nos tornar orgânicos'”.

Paul também faz sua própria cerveja na fazenda Sussex, que envia para seus colegas músicos, incluindo o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards. “Nós fazemos nossa própria cerveja. Ao longo dos anos, ouvi dizer que um vizinho estaria vendendo um terreno vizinho ao nosso, então fui a um e disse: ‘Ouvi dizer que você está vendendo um jardim de lúpulo’. Resumindo, eu pensei: ‘Tenho que começar a fazer lúpulo’, porque a região em que estamos em Sussex era uma grande área de cultivo de lúpulo’”.



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Fachada do Abbey Road Studios exibe homenagem ao Let It Be


Há alguns anos, a fachada do Abbey Road Studios (muro principal e duas pilastras), onde os Beatles gravaram a maioria das suas músicas, passou a ser uma espécie de outdoor, onde os lançamentos das “tropas aliadas” são devidamente anunciados. Agora é a vez do LET IT BE, que completou 50 anos em 2020, mas está tendo seus lançamentos comemorativos agora (assim como as Olimpíadas de Tóquio, com um ano de atraso). A essa altura, centenas de fãs e turistas já postaram fotos em suas redes sociais, com a nova fachada – que em breve estará recheadas de assinaturas e recadinhos – ao fundo. Além de uma grande sacada publicitária, .virou uma nova e vibrante tradição.

Veja a famosa Faixa de Pedestres ao Vivo no EarthCam: https://www.earthcam.com/world/england/london/abbeyroad/?cam=abbeyroad_uk

Veja pelo site oficial do Abbey Road Studios (um pouco mais lenta): https://www.abbeyroad.com/crossing


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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Edu Henning relembra seu primeiro encontro com Lizzie Bravo, há exatos 36 anos


Perdemos Lizzie Bravo.

Passei o dia com o corpo dolorido. Que dia triste, desconfortável.

Lizzie é de uma gigantesca importância no universo dos Beatles. Mas, sempre achei que a sua história deveria ter sido muito mais valorizada e respeitada pelos brasileiros.

Lembro que nos anos 70 ouvi de alguns (que eram influenciadores da época) que o acontecido com a Lizzie não passava de uma fantasia. Na verdade naquele momento não tínhamos o mar de informações que atualmente nos cercam. As literaturas eram raras e aqueles poucos que levantavam dúvidas eram considerados “os grandes Beatlemaníacos brasileiros”. Não demoramos muito tempo para perceber que esses poucos, apesar do poder de influência que tinham naquele momento, estavam completamente errados ou inteiramente enciumados (e alguns daqueles sujeitos estão até hoje por aí fazendo negócios em cima dos menos avisados).

Lembro onde, quando e como conheci Lizzie Bravo. Foi na sede da EMI, na Rua Mena Barreto, Botafogo, Rio de Janeiro. Lembro o exato ano: 1987. No mês de outubro. E tenho isso na memória por um simples motivo: a gravadora tinha criado uma ação de marketing em torno dos 25 anos do lançamento de “Love Me Do”. Promoveram o relançamento do primeiro compacto dos Beatles (e com o som melhorado através dos mais modernos equipamentos disponíveis na época).

Então, para propagar, distribuíram um depoimento da Lizzie Bravo em vinil (em formato de LP) para os convidados do evento. Além do vinil com Lizzie contando parte da sua incrível história, a gravadora colocou nas lojas um pôster gigante dos Beatles (com a frase “tudo começou há 25 anos”) e distribuiu plásticos para vidro de carro com a logo do projeto.

Observei que nesse evento não estavam aqueles que se colocavam como guardiões brasileiros do legado dos rapazes de Liverpool. Não vi nenhum daqueles que comumente levantavam dúvidas sobre a veracidade do fato de uma brasileira ter tido a honra e o prazer de dividir o microfone com John Lennon e Paul McCartney. Lizzie Bravo recebia ali o grande reconhecimento por parte do braço brasileiro da gravadora dos Beatles.

Fui apresentado para Lizzie naquele dia. Eu já atuava como representante da EMI no Espírito Santo (fiquei cinco anos com essa responsabilidade). O engraçado é que fui contratado pela EMI por causa dos Beatles. Na verdade, no trabalho de radialistas e como produtor e apresentador do programa de rádio Clube Big Beatles, vivia telefonando, mandando correspondências e faxs para a EMI reclamando da péssima qualidade dos discos dos Beatles lançados no Brasil. Um dia o departamento de promoção precisou de um representante em terras capixabas e lembrou daquele sujeito que perturbava todos o tempo todo.

Então, ao ser apresentado a Lizzie naquele evento, o diretor do departamento de promoção fez questão de dizer que eu era um apaixonado pelos Beatles. Realmente o executivo da gravadora tinha razão, mas eu estava diante de uma doce mulher que conviveu, conversou, tirou fotos e até mesmo gravou com os meus ídolos. Pouco falei. Muito observei. E saí do evento com pôster gigante, release, plástico para carro, vinil promocional debaixo do braço e com o prazer de ter apertado a mão e trocado poucas palavras com a brasileira que faz parte da história da maior banda de todos os tempos.

Esse primeiro encontro tem exatos 36 anos. E depois disso fiquei amigo dessa gigantesca e simples mulher que mais tarde descobri que fora casada com Zé Rodrix, que era uma sensível fotógrafa, que emprestou sua voz em discos que nunca cansei de ouvir e que era a verdadeira e única “esperança de óculos” do clássico “Casa no Campo” (de autoria de Tavito e Zé Rodrix) e popularizada na voz de Elis Regina.

Os amigos (e modestamente me incluo nesse grupo) acompanharam o quanto Lizzie se manteve ao lado da mãe que sofria de Alzheimer. Bem provavelmente esse tenha sido o motivo de tanta demora para o lançamento de seu incrível e tão bem editado livro (Do Rio a Abbey Road).

Agora, com 70 anos, se preparava para disponibilizar o livro em inglês e estava diretamente envolvida no processo de execução de um documentário sobre a sua história de vida.

Mas, o bondoso e benevolente coração da “esperança de óculos” resolveu parar. E essa não foi a primeira vez que isso aconteceu, não. Seu coração com certeza já tinha parado naquele dia em Londres quando dividiu o microfone com John e Paul na gravação de “Across The Universe”. Só que agora Lizzie segurou a respiração e foi passear em todo o universo (Across The Universe).

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Milton Nascimento sobre Lizzie: “Ela foi extremamente importante em tudo”


Milton Nascimento, grande amigo de tantos anos, fez sua homenagem a Lizzie Bravo com uma postagens nos seus perfis oficiais no Facebook e Instagram, com uma linda sequência de fotos e um depoimento emocionante:

Somente pelo fato de sair do Brasil e ter feito backing vocal para os Beatles, em “Across the Universe” (aos dezesseis anos de idade), minha amiga Lizzie Bravo já teria feito história. Mas não, ela foi muito além, participou em vários dos meus discos, e cantou também nas gravações de amigos como Joyce, Naná Vasconcelos, Walter Franco, enfim, a lista é gigante. Além disso, Lizzie também foi uma fotógrafa dedicada – com um livro publicado só com fotos que ela mesmo tirou dos Beatles. Lizzie trabalhou comigo durante muitos anos, e juntos rodamos o mundo várias vezes. Ela participou de momentos cruciais da minha carreira internacional, e foi extremamente importante em tudo.
Hoje, soube que Lizzie Bravo, a nossa “esperança de óculos”, nos deixou. Sim, a “esperança de óculos” que Elis cantava com tanta emoção, era Lizzie Bravo.
Fica aqui minha saudade, e o meu muito obrigado por tudo…
Até já, minha grande amiga…
Beijos do Bituca

Juiz de Fora, 5 de outubro de 2021

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Marcelo Fróes sobre Lizzie Bravo: “Era a detentora da informação”


Em seu perfil no Facebook, o produtor Marcelo Fróes, amigo de Lizzie Bravo de eras pré-internéticas, mandou um emocionante relato sobre a nossa querida Lizzie Bravo:

Resgato este post para falar um pouco mais sobre Lizzie Bravo, que – além de fotógrafa e cantora – foi nos últimos 40, 45 ou 50 anos o grande referencial para as centenas milhares, senão os milhões de fãs brasileiros dos Beatles. Num tempo em que não havia internet e por isso nem Google, nem YouTube, nem MTV, nem muitas livrarias que trouxessem livros caros, ela tinha a INFORMAÇÃO, ela era o oráculo. Fosse fazendo domingueiras de muito videocassete em seu pequeno apartamento na Real Grandeza, fosse comandando verdadeiros happenings em teatros alugados, com projeção em telão, sempre em parceria com o amigo Lula, ela sabia catequizar os novos fãs e com isso prestou um grande serviço à boa música.

Eu me lembro de uma vez que fui à sua casa para buscar um disco e fiquei bons minutos contemplando tudo – enquanto ela conversava longamente ao telefone com sua amiga Joyce sobre a morte de Elis, que ocorrera naquela semana. E lembro também quando estava pra sair o LP Milk and Honey, primeiro lançamento póstumo de John Lennon, e ela foi convidada para uma audição na PolyGram, na Barra. Eu liguei para saber dela COMO era o disco. É, amigos, nos anos 70/80 você ligava pra saber como era um disco. E ela soube me dizer como era o disco e, na manhã seguinte, eu participei de uma promoção relâmpago da Rádio 98 e ganhei o LP, recém-chegado quentinho da fábrica no Alto da Boa Vista.

Pouco depois disso ela foi para NY e acho que só a revi lá, no domingo de Páscoa em abril de 1992 – quando, mais uma vez, no finalzinho da era pré-internet, ela mostrou que ainda era a detentora da informação: “Semana passada assisti o show do George Harrison em Londres, conheci Mike Love e ele me disse que os Beach Boys vão ao Rio mês que vem, para o Forum Global”.
Era assim…

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O Brasil chora e se despede da sua rainha: OBRIGADO POR TUDO, LIZZIE BRAVO!


Temos a dolorosa missão de divulgar uma notícia muito triste: Lizzie Bravo, a nossa querida Lizzie Bravo, a esperança de óculos, faleceu nesta segunda feira, 04 de Outubro de 2021, no Rio de Janeiro. Nas semanas seguintes ao seu aniversário de 70 anos, em 29 de Maio, Lizzie passou a sentir dificuldades físicas, devido a um problema cardíaco congênito. Há duas semanas, passou 4 dias no CTI e havia, aparentemente, se recuperado. “O médico me disse que vou ficar ótima novamente… claro, com um monte de remédios”, disse-me na semana passada. Porém, há uma semana, Lizzie teve que voltar ao hospital e, segundo a própria (que nos mantinha informados via WhatsApp), tudo ia bem. Hoje, infelizmente, hoje veio a notícia inesperada: o coração da nossa querida Lizzie parou.


Trata-se de uma perda irreparável, não apenas para a Beatlemania Nacional, mas também para a MPB, já que Lizzie Bravo tem muita importância em tudo que você imaginar na boa música brasileira moderna, como explica o músico e jornalista Edu Henning:

“Fomos privilegiados em conviver com a Lizzie. Muitos vão lembrar dela como sendo ‘a brasileira que cantou com os Beatles’. Mas, Lizzie atou como fotógrafa de um período riquíssimo da música brasileira (registrando momentos importantes da história de grandes nomes da música feita no Brasil). Foi também uma grande backing vocal de estúdio (participando de emblemáticos discos da MPB). E excursionou pelo Brasil e pelo mundo como vocalista de sensacionais cantores brasileiros. Trabalhou com grandes artistas e participou de magníficos projetos. Então, cantar com os Beatles foi mais um capítulo da rica biografia de Lizzie Bravo. E que capítulo! Quando Zé Rodrix escreveu a frase ‘esperança de óculos’ não imaginou que seríamos todos contaminados por Lizzie Bravo da forma que fomos. Que descanse em paz e que a família seja abraçada por todos nós que admiramos a história e a pessoa de Lizzie Bravo”.

Pois é, amigos… resta-nos lembrar do quão privilegiados nós somos por termos convivido na mesma época e no mesmo país que Lizzie Bravo. Que o nosso Deus de bondade guie a nossa estrela maior “across the universe” e console os corações dos parentes, amigos e fãs.

Leia mais sobre Lizzie Bravo no nosso arquivo:
https://portalbeatlesbrasil.com.br/new/?s=lizzie+bravo



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sábado, 2 de outubro de 2021

17 vídeos de podcasts legendados sobre os Beatles


Aposto que já passou pela sua timeline alguns desses vídeos estilo "Podcast Legendado", de curta duração, com trechos de entrevistas com celebridades, devidamente legendados. Fizemos uma rápida compilação de declarações sobre os Beatles. Nessa leva, reunimos alguns com Paul McCartney, Ringo Starr e Julian Lennon. Apesar do acento sensacionalista, alguns deles até informam sobre fatos interessantes. E, claro, são divertidos. Vale a pena separar uns 10 minutinhos para ver todos.   

 
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