Qual a diferença entre Inglaterra, Reino Unido e Grã-Bretanha?


Inglaterra é a nação cuja capital sedia os Jogos Olímpicos 2012: Londres. A Grã-Bretanha é o nome da ilha que reúne 3 nações: Inglaterra, Escócia e País de Gales. É a maior ilha britânica e, nos Jogos Olímpicos, participa como se fosse um país.

Na Copa do Mundo, no entanto, cada nação tem sua própria seleção. Já o Reino Unido é o país formado pelas 3 nações da Grã-Bretanha (relembrando: Inglaterra, Escócia e País de Gales) mais a Irlanda do Norte, que fica em outra ilha, da Irlanda. Na verdade, o nome é Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte – o que torna a geopolítica local um pouco mais simples de entender.

Nas Olimpíadas, a Grã-Bretanha representa Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte. Ou seja, na prática, o que chamamos de Reino Unido é a Grã-Bretanha nos Jogos, embora os dois, geopoliticamente falando, não sejam a mesma coisa.

O Reino Unido é a entidade que participa de organizações intergovernamentais como a União Europeia e a ONU. “Politicamente, é como se fossem 4 reinos (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) sob o comando de um só (o Reino Unido)”, explica Luiz Augusto Faria, professor de Relações Internacionais da UFRGS. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são independentes, mas o grau de autonomia desses territórios perante o governo central britânico é diferente entre si. A Escócia, por exemplo, criou um parlamento próprio em 1999, enquanto os demais possuem assembleias locais.

Mas o poderio inglês se estende também sobre outros continentes. A comunidade britânica abrange a maioria das ex-colônias, como Austrália, Canadá e Nova Zelândia, que continuam prestando contas à rainha Elizabeth II.

A Inglaterra foi esperta. Não entrou em guerra com essas ex-colônias (afinal, poderia sair de lá com menos influência, como na Índia, onde houve conflito pela independência) negociou para manter relações comerciais e diplomáticas estreitas até hoje. “Foi o primeiro país a criar o sistema de hegemonia no mundo. É aceita como líder sem se impor militarmente”, diz Faria.

Fonte: Superinteressante