O Encontro que nunca aconteceu (ou aconteceu no coração do Rock?)

Raulzito e o Beatle Fantasma: Uma Conversa Imaginária que Abalou o Multiverso Musical

Ah, o vídeo em questão é um tesouro perdido nos arquivos do YouTube, um clipe de 2012 que captura Raul Seixas em sua essência mais crua e carismática, discorrendo sobre a morte de John Lennon com a intensidade de quem acabou de sair de um ensaio apocalíptico.

O foco principal é o suposto "encontro" de 1974 em Nova York, quando Raul, exilado e faminto por revolução, teria cruzado caminhos com Lennon em um apartamento no Dakota. Eles fumaram, filosofaram sobre paz, amor e o fim do mundo capitalista, e – pasmem! – trocaram ideias que geraram "Sociedade Alternativa", cópia descarada da Nutopia lennoniana. Raul narra os detalhes como se fosse ontem, descrevendo conversas sobre oca e espiritualidade oriental, enquanto o tom do vídeo pisca um olho cúmplice para o espectador, sussurrando "será?". É uma aula de storytelling que exalta a genialidade de Raul em reinventar sua mitologia pessoal, transformando um blefe em lenda urbana que ainda ecoa em bares de rock pelo Brasil.

Crítica afiada, mas com carinho: o vídeo brilha na honestidade brutal de Raul ao lamentar a morte de Lennon em 1980, voz embargada ecoando como um solo de guitarra solitário. Ele chora o amigo "perdido" para um tiro covarde, elevando o luto a um manifesto contra a violência – e aí, jovem espectador, você ri nervoso porque sabe que é tudo lorota, mas chora junto porque Raul faz você acreditar. Os apresentadores (Raul incluso) são mestres em equilibrar o absurdo com o autêntico; é como se o rock brasileiro ganhasse asas beatlemaníacas sem nunca perder o gingado nordestino. Exagero? Talvez, mas quem liga quando o carisma de Raul transforma pixels velhos em imortalidade?

Humor à parte, o que salva esse rolê é a camada filosófica: o vídeo cutuca a ferida da fake news avant la lettre, mostrando como Raul usava essas histórias para mascarar suas inseguranças – exílio político, vícios e a busca por um sentido maior. É crítico porque expõe o plágio cultural (Nutopia vira Sociedade Alternativa num piscar de olhos), mas elogia a audácia: Raul não copia, ele tropicaliza, injetando cachaça e baião na utopia gringa. Os hosts – com Raul no centro, um furacão de energia – nos lembram que o rock é isso: mentiras que libertam, verdades que prendem. Jovem e irreverente, o tom nos convida a dançar na beira do abismo, questionando: e se o encontro tivesse rolado de verdade? O mundo seria menos chato, com certeza.

Por fim, uma reverência aos titãs por trás das câmeras: editores anônimos que preservam esses gems do YouTube, mantendo viva a chama raulseixista. O vídeo não é perfeito – qualidade de imagem anos 80, áudio que parece gravado num porão –, mas é um hino à imperfeição humana. Raul, com sua presença magnética e timing cômico impecável, rouba a cena como um ladrão de corações; ele não só conta a história, ele a vive, nos arrastando para seu delírio coletivo. É um review elogioso porque, inverídico ou não, esse "encontro" nos deu hinos eternos. Assista, ria, chore e saia cantando "Ouro de Tolo" – porque no fim, o maior mito é acreditar que a realidade é mais interessante que a ficção.

Mais dois vídeos
Pensa que a pérola acima é o único vídeo em que Raul narra seu "encontro" com John Lennon? Pois ele falou isso várias vezes, em entrevistas gravadas em vídeos e publicadas em jornais e revistas. Abaixo, dois outros vídeos com Raul reafirmando a mesma coisa. Divirta-se!

05/02/1967: Lennon e McCartney gravam com os Stones


Os Stones escandalizaram “o estado”, e numa demonstração de apoio, Lennon e McCartney emprestaram suas vozes para ‘We Love You’.

Em 5 fevereiro de 196, o News of the World continha a manchete ‘Os Segredos dos Esconderijos dos Astros Pops’. Seu texto era supostamente baseado numa conversa entre Mick Jagger e dois jornalistas à paisana em Blases, um dos clubes de Londres cuja fragrância de almíscar escondia todos os maneirismos dos aristocratas do rock. 

O homem que eles tomaram pelo vocalista dos Rolling Stones engoliu casualmente alguns tabletes de benzedrina, mostrou um pedaço de haxixe, convidou os jornalistas pra fumar em sua casa... e assim selou o seu destino. Só havia um detalhe: ‘Mick Jagger’ na verdade era Brian Jones. Jagger preparou-se para processar o jornal por calúnia – e assim iniciou uma das sagas mais determinantes da época. Duas semanas mais tarde veio a infame batida na casa de campo de Keith Richards, a conseqüente destruição das ações legais de Jagger, e a entrega dos escalpos dos Stones ao estado. 

Os Beatles estavam envolvidos desde o início: George Harrison havia estado entre os convidados de Richards, mas havia partido meros 90 minutos antes da chegada da polícia (de fato, a idéia de que a polícia esperou ele sair há tempos tem sido confirmada dentro da lenda dos Stones). A relação Beatles/Stones esteve no auge durante 1967. 

Aquele ano teve fatos que falam por eles mesmos: cinco dias depois de a matéria do ‘News of the World’ ter aparecido, Mick Jagger e Marianne Faithfull visitaram a culminante sessão de ‘A Day in the Life’; nove dias mais tarde veio a batida; e em 18 de maio, como se para estampar sua marca real no crescimento da solidariedade a Jagger e Richards, Lennon e McCartney adicionaram suas vozes a ‘We Love You’, o single que dramatiza a experiência dos Stones com um fantástico efeito. Menos de um mês depois, Brian Jones se apoiou num microfone da Abbey Road, e forneceu um irônico solo de saxofone em ‘You Know My Name (Look Up The Number)’. Em 24 de junho, Mick e Marianne estavam no Estúdio Um de Abbey Road para a transmissão de ‘All You Need Is Love’ do Our World [1]. E cinco dias mais tarde Jagger e Richards foram levados às suas celas após um julgamento de três dias que acabou em um veredito os considerando culpados e em uivos raivosos de protesto. 

O tratamento dos Stones arrancou a contracultura inglesa de seu estado de inocência through-the-looking-glass [2], e a enterrou em uma nova guerra de gerações. John Lennon, ainda no meio de uma viagem de ácido de dois anos, de repente pareceu deixar para trás Mr. Kite e Lucy In The Sky, e falar com um tom mordaz. “Veja o que eles fazem aqui,” disse ele no verão de 67. “Eles pararam a Radio Caroline e tentaram prender os Stones enquanto eles estão gastando bilhões em armas nucleares, e o lugar está cheio de bases americanas que ninguém sabe a respeito.” 

Dentro dessas palavras escondem-se não apenas um sinal da psicodelia transformando-se na raiva provocativa que iria surgir em 1968, mas as primeiras agitações do radicalismo da nova esquerda que iria fugazmente definir Lennon no início dos anos 70. Enquanto isso, Jagger e Richards lograram sucesso nos recursos e foram liberados. Conseqüentemente, ‘We Love You’ – lançada em 18 de agosto, como os resquícios do caso ainda registraram, – foi uma explosão de desafio perfeitamente sincronizada. Em seu livro, ‘The Stones’, Philip Norman escreve que “‘We Love You’ é um single que perde todo seu foco irônico na sua débil tentativa de seguir o hino dos Beatles daquele verão, ‘All You Need Is Love’.” 

Felizmente, nada podia estar mais distante da verdade. Seus charmes são vários: o fascinante piano de Nicky Hopkins, a abertura do sarcástico coro de vozes em falsete, as passagens de mellotron [3] – dos 3:46 até o fim da canção – cujo mistério não consegue deixar de evocar a idéia de conspiração. A presença dos dois Beatles não é inicialmente óbvia, embora nas seções de chamada e resposta que fecha a ponte e anuncia as passagens finais da canção, é possível notar as gloriosas vogais nasais de John Lennon. De qualquer forma, ela permanece como a ocasião em que a psicodelia uniu os dois grupos num momento de puro brilhantismo; um símbolo de quão longe cada um foi desde que John e Paul deram ‘I Wanna Be Your Man’ aos Rolling Stones, em 1963. 

Houve mais murmúrios de ação conjunta naquele verão. Por alguns meses, os dois grupos até discutiram a possibilidade de abrir em parceria um estúdio de gravação; os planos chegaram até a compra de um pedaço de terra ao lado do Regents Park Canal. “Nós iremos precisar também de um hotel,” disse um animado Paul McCartney, “para que os grupos tenham um lugar pra ficar enquanto eles estiverem gravando. E nós também iremos construir um heliporto, para que os grupos estrangeiros que chegarem ao Heathrow sigam direto para cá...” O projeto logo afundou, enquanto contas, sinos e seu senso comum do objetivo da psicodelia levaram ambos Beatles e Stones ao desastre. 

Their Satanic Majesties Request apareceu em dezembro, com uma capa mostrando os rostos dos Beatles, e canções que – com algumas exceções – sugeriam uma irritante tentativa de imitar Sgt. Pepper. Semanas mais tarde, Magical Mystery Tour chegou, e a cortina encerrou a psicodelia tão grosseiramente quanto as portas da prisão foram fechadas em Jagger e Richards. 

[1] Primeira transmissão de TV exibida ao vivo simultaneamente para vários países; NT. 
[2] Nome de um dos livros de Lewis Carrol; NT. 
[3] Teclado eletromecânico polifônico; NT.

NT: Vale a pena lembrar o fato de Allen Ginsberg também ter participado das gravações. Ele disse sobre John e Paul: "dois jovens príncipes em seu esplendor."

Carlos E. Werlang

Ringo Starr leu o roteiro do filme sobre os Beatles e pediu revisões

O lendário baterista Ringo Starr, ícone eterno do mundo da música, demonstrou seu lado prático ao intervir diretamente na produção de uma grandiosa cinebiografia sobre os Beatles. Conhecido por espalhar mensagens de paz e amor, ele não hesitou em apontar correções necessárias ao diretor Sam Mendes, que comanda o projeto inovador dividido em quatro filmes. Essa colaboração visa garantir que a narrativa reflita com fidelidade os eventos reais da banda que revolucionou o rock.

Em uma conversa reveladora concedida ao jornal The New York Times, Starr compartilhou detalhes de um encontro marcante ocorrido em abril, em Londres. Durante dois dias intensos, ele e Mendes dissecaram o roteiro palavra por palavra, com o músico oferecendo diversas sugestões para tornar a história mais autêntica. Aos 85 anos recém-completados em 7 de julho, Ringo enfatizou a importância de uma representação honesta, especialmente em trechos que envolvem sua vida pessoal. O filme, no qual ele será vivido pelo ator Barry Keoghan, de “Saltburn”, promete capturar os altos e baixos da trajetória dos Fab Four.

Uma das maiores inquietações de Starr girava em torno da depiction de sua família e de seu primeiro casamento com Maureen Starkey Tigrett. Ele notou discrepâncias significativas no texto original, que não capturavam a essência de suas experiências reais. “Ele tinha um roteirista — muito bom, de grande reputação, e ele escreveu muito bem — mas não tinha nada a ver comigo e com a Maureen”, explicou. “Não era assim que a gente era. Eu dizia: ‘A gente nunca faria isso.’” Essa intervenção direta resultou em revisões que aproximaram o enredo da verdade vivida pelo artista.

Ringo e Maureen oficializaram o casamento em 1965, dando início a uma união que gerou três filhos: Zak Starkey, que já dividiu palcos com bandas como Oasis e The Who; Jason; e Lee. A separação do casal veio em 1975, após uma década repleta de memórias intensas. Dois anos depois, em 1981, Starr encontrou novo amor ao lado da atriz e modelo Barbara Bach, com quem permanece casado até hoje. Essas etapas familiares, tão centrais em sua jornada, ganharam um tratamento mais preciso graças às observações do baterista, evitando distorções que poderiam alterar o legado pessoal de sua história.

Com as alterações implementadas, Ringo expressou maior contentamento com a versão atual do roteiro, embora ainda se intrigue com os desafios logísticos do projeto. Imaginar a filmagem simultânea de quatro longas-metragens parece uma empreitada hercúlea, mas ele confia na visão criativa de Mendes. “Mas ele vai fazer o que tiver que fazer”, disse Starr. “E eu vou mandar paz e amor pra ele.” Essa atitude otimista reflete o espírito resiliente que sempre marcou a carreira do músico, mesmo diante de produções de tal magnitude.

O elenco estelar já conta com nomes promissores para dar vida aos membros da banda: Harris Dickinson, de “Triângulo da Tristeza” e “The Iron Claw”, interpretará John Lennon; Paul Mescal, revelação de “Aftersun” e “Gladiador II”, assumirá o papel de Paul McCartney; e Joseph Quinn, conhecido por “Stranger Things” e também “Gladiador II”, encarnará George Harrison. Essa escolha de atores talentosos eleva as expectativas, prometendo performances que honrem a complexidade de cada integrante dos Beatles.

Responsáveis pelos roteiros, os escritores Jez Butterworth (“Ford vs Ferrari”, “007: Spectre”), Peter Straughan (“O Espião que Sabia Demais”) e Jack Thorne (“Enola Holmes”) trazem um currículo premiado à mesa. Ainda não se sabe ao certo como eles dividirão as tarefas entre os quatro filmes ou se trabalharão de forma integrada, mas sua expertise garante um texto rico e envolvente. O lançamento está agendado para o começo de 2028, sob o título provisório “The Beatles – A Four Film Cinematic Event”.

Essa cinebiografia representa um marco histórico, sendo a primeira vez que a Apple Corps Ltd., empresa dos Beatles, e os próprios ex-membros liberam o uso integral de suas biografias e catálogo musical em uma produção ficcional. Cada filme focará em um dos quatro integrantes, mas as narrativas se entrelaçarão para tecer o relato completo da ascensão da maior banda de todos os tempos, repleto de surpresas e lições eternas sobre criatividade, amizade e o preço da fama.

Paul McCartney tocou “Help!” pela primeira vez desde 1990


Com Paul McCartney pronto para começar outra rodada de datas da turnê Got Back! hoje à noite, 29 de setembro, ele e sua fiel banda de apoio subiram ao palco do intimista Santa Barbara Bowl na sexta-feira, 26 de setembro, para um show especial de aquecimento.

Uma experiência sem celular, na qual os fãs no local tiveram que manter seus celulares guardados até o show terminar, foi sem dúvida uma noite mágica de música de McCartney sob as estrelas — e o set começou com uma pequena surpresa.

O hit clássico dos Beatles, “Help!”, abriu o repertório, marcando a primeira vez que ele tocou a música em um show desde 1990.

No restante da apresentação de Paul incluiu muitas de suas músicas esperadas de seus Beatles, Wings e solo, bem como “Now & Then”, a canção dos Beatles de 2023 que foi composta usando gravações de arquivo dos falecidos companheiros de banda George Harrison e John Lennon.


Setlist:

Help! (música dos Beatles)

Coming Up

Got to Get You Into My Life (música dos Beatles)

Let Me Roll It (música dos Wings)

Getting Better (música dos Beatles)

Let ‘Em In (música dos Wings)

My Valentine

Nineteen Hundred and Eighty-Five (música dos Wings)

I’ve Just Seen a Face (música dos Beatles)

Love Me Do (música dos Beatles)

Dance Tonight

Blackbird (música dos Beatles)

Now and Then (música dos Beatles)

Lady Madonna (música dos Beatles)

Jet (música dos Wings)

Ob-La-Di, Ob-La-Da (música dos Beatles)

Get Back (música dos Beatles)

Let It Be (música dos Beatles)

Live and Let Die (música dos Wings)

Hey Jude (música dos Beatles)


Encore:

I’ve Got a Feeling (música dos Beatles) (dueto virtual com John Lennon do show no terraço dos Beatles, com nova coda)

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise) (música dos Beatles)

Helter Skelter (música dos Beatles)

Golden Slumbers (música dos Beatles)

Carry That Weight (música dos Beatles)

The End (música dos Beatles)


As datas da turnê Got Back! começam para valer hoje à noite:

29 de setembro — Palm Desert, CA — Acrisure Arena

4 de outubro — Las Vegas, NV — Allegiant Stadium

7 de outubro — Albuquerque, NM — Isleta Amphitheatre

11 de outubro — Denver, CO — Coors Field

14 de outubro — Des Moines, IA — Casey’s Center

17 de outubro — Minneapolis, MN — US Bank Stadium

22 de outubro — Tulsa, OK — BOK Center

⁠25 de outubro — San Antonio, TX — Alamodome

29 de outubro — Nova Orleans, LA — Smoothie King Center

2 de novembro — Atlanta, GA — State Farm Arena

3 de novembro — Atlanta, GA — State Farm Arena

6 de novembro — Nashville, TN — The Pinnacle

8 de novembro — Columbus, OH — Nationwide Arena

11 de novembro — Pittsburgh, PA — PPG Paints Arena

14 de novembro — Buffalo, NY — KeyBank Center

17 de novembro — Montreal, QC — Bell Centre

18 de novembro — Montreal, QC — Bell Centre

21 de novembro — Hamilton, ON – TD Coliseum

24 de novembro – Chicago, IL — United Center

25 de novembro – Chicago, IL — United Center

Power to the People, o box que provoca e encanta


Um mergulho no legado rebelde de John Lennon, entre relíquias, cortes polêmicos e debates que soam como um acorde dissonante

O recém-anunciado box *Power to the People* é um convite irresistível para revisitar John Lennon em sua fase mais explosiva em Nova York. Com curadoria de Sean Ono Lennon, a coletânea entrega um arsenal de demos, outtakes e registros ao vivo que reacendem a chama de um artista que nunca teve medo de incomodar. São nove CDs (ou quatro LPs, para os devotos do vinil) que prometem mais de cem faixas inéditas ou raras — um verdadeiro tesouro sonoro.

Ainda assim, há um detalhe impossível de ignorar: a ausência de “Woman Is the Nigger of the World”. Essa canção de 1972, fruto da parceria entre John e Yoko, sempre foi polêmica pela força da metáfora, mas também pela crueza da palavra que a batiza. O corte soa como uma mancha numa celebração que se propõe justamente a entregar “poder ao povo”.

Sean, com sua visão contemporânea, defende a decisão de deixar a faixa de fora. Em tempos de sensibilidades à flor da pele, explica que o impacto de certas palavras poderia distorcer a mensagem central do box. É um argumento válido, mas que abre espaço para a velha discussão: a arte deve ser editada para caber nos limites do presente?

A conversa ganha corpo graças ao olhar afiado de Marcelo Fróes, que no vídeo analisa o lançamento com entusiasmo de quem respira Beatles desde sempre. Ele não hesita em apontar o paradoxo: retirar uma das músicas mais combativas de Lennon de uma coleção chamada *Power to the People* soa, no mínimo, irônico. Fróes transforma a polêmica em lição, lembrando que o contexto histórico é parte da arte.

O crítico brasileiro ainda ressalta as joias que o box oferece, como registros raríssimos de “Cold Turkey” ou os remixes inéditos do icônico One to One Concert. É esse equilíbrio entre encanto e crítica que dá peso ao debate: o box brilha como uma cápsula do tempo, mas deixa no ar a pergunta sobre até onde se pode polir um artista que sempre viveu de arestas.

Entre provocações e risadas nervosas, o vídeo conduz a discussão de forma leve, sem perder a seriedade que o tema exige. A apresentadora surge como mediadora eficiente, pontuando reflexões e mantendo a conversa acessível sem diluir sua força crítica.

O pano de fundo é claro: Power to the People não é apenas um produto de colecionador, mas um retrato da eterna tensão entre legado artístico e sensibilidades atuais. É impossível não se encantar com a riqueza do material reunido, ao mesmo tempo em que se questiona a ausência de uma canção que simboliza justamente a coragem de Lennon em afrontar convenções.

No fim, o box é um triunfo — ainda que incompleto. Oferece a chance de ouvir Lennon cru, apaixonado e em plena ebulição criativa, mas também provoca a reflexão sobre como lidamos com o passado. E talvez essa seja sua maior vitória: não apenas resgatar músicas, mas reacender o debate sobre o poder, os limites e a responsabilidade da arte.

Produtor Marcelo Fróes revela ao mundo a música "Rock Peace", de John Lennon

Marcelo Fróes, o Indiana Jones da Música, Desafia o Tempo e Encanta Sean em uma Entrevista que é Pura Magia Beatle

Ah, que delícia mergulhar nesse vídeo como se fosse um vinil raríssimo encontrado em uma lojinha esquecida de Camden! Daniella Zupo, com sua energia de quem acabou de descobrir o segredo do universo, comanda essa entrevista com Marcelo Fróes que é, sem exagero, o Sherlock Holmes dos arquivos musicais. O tom é leve, mas o conteúdo? Pesado de história, daqueles que fazem você pausar o café e ligar pro amigo beatlemaníaco às 3 da manhã. Elogio logo de cara: Zupo não é só apresentadora; ela é a cola que une o poético ao pop, guiando a conversa com um carisma que rivaliza com o de uma roadie dos anos 60.

Marcelo Fróes entra em cena como um herói de quadrinhos brasileiros, com 30 anos de caça ao tesouro sonoro nas costas. Ele não só desenterra "Rock Peace", essa faixa instrumental esquecida que quase virou o primeiro single solo de um Beatle, como faz dela uma saga digna de ópera rock. Crítico que sou, mas jovem no coração, digo: em um mundo de streams descartáveis, Fróes nos lembra que a verdadeira música é feita de mistérios e paciência. Seu entusiasmo é contagiante, como se ele estivesse revelando o mapa do tesouro de Blackbeard, só que com riffs de guitarra no lugar de Xis.

E aí vem o plot twist que me fez rir alto: imagine Mal Evans, o roadie eterno dos Beatles, soltando em 1969, no Beatles Monthly Book, que "Rock Peace" seria o próximo hino da Plastic Ono Band. Todo mundo achou que era erro de digitação pra "Give Peace a Chance", mas Fróes prova que não! É como descobrir que seu avô mentiu sobre ser parente distante do Einstein – hilário e revolucionário. Zupo captura esse momento com maestria, fazendo a plateia (e eu, assistindo) sentir o cheiro de vinil antigo misturado com o café de Toronto.

Falando em sessão de gravação, que time dos sonhos: Eric Clapton na guitarra, Ginger Baker na bateria, Klaus Voormann no baixo, tudo sob a produção de George Harrison em abril de 69, nos Olympic Studios. John e Yoko? Ausentes, curtindo o bed-in em Amsterdam. Fróes narra isso com uma vivacidade que exalta o caos criativo da era, e eu critico? Só pra dizer que faltou um holograma deles tocando, mas ei, num vídeo de YouTube, já é luxo. O humor surge quando ele descreve a jam como "quase ridícula", mas que, no fim, vira "I Remember Jeep" no All Things Must Pass. Genial!

Aqui vai o resumo dos principais personagens dessa ópera beatle: Marcelo Fróes, o pesquisador brasileiro incansável, um verdadeiro arqueólogo do rock com sotaque carioca e determinação de quem desafia o FMI; Sean Lennon, o filho cool de John, com olhos curiosos e um ar de "uau, pai, você me escondeu isso?", misturando herança genética com frescor millennial; e Daniella Zupo, a host visionária, que tece a conversa como uma DJ masterizando um set, elevando todos com seu timing impecável e paixão que transborda tela.

Sean, ah Sean! Quando Fróes joga a bomba – "Você conhece 'Rock Peace'?" – e ele responde "Não, o que é isso?", é o momento que define o vídeo: vulnerável, autêntico, como um fã descobrindo B-side perdido. Ele fica intrigado, manda mensagem pro produtor Simon Hilton na hora, e planeja papo com Dhani Harrison. Elogio máximo: Sean não é só herdeiro; ele é o guardião vivo, com uma humildade que faz você querer abraçá-lo. Zupo facilita isso tudo com perguntas afiadas, mas gentis, como uma terapeuta de luxo pro ego beatle.

Criticamente falando, o vídeo brilha na conexão entre o Brasil e o legado Lennon. Fróes, com sua rede de contatos – de Luiz Garrido, o fotógrafo que flagrou John com a capa do single, a Derek Taylor e até Yoko Ono –, tece uma teia que vai de Paris 69 a Nova York hoje. É elaborado como um roteiro de Scorsese, mas jovem como um TikTok viral. O humor? Vem das ironias: a faixa masterizada em maio, com aplausos de John e Yoko, eclipsada por "Give Peace a Chance" em junho. "Quase lá, mas não foi", ri Fróes, e você ri junto, pensando no "e se?" da história.

A foto de John segurando o single "Rock Peace", com a mesma arte de "Give Peace", é o smoking gun que Fróes desenterra via Garrido. Imagina: 30 anos pra achar isso! Zupo exalta isso visualmente, mostrando as imagens como relíquias sagradas. Bem-humorado que sou, comparo a uma caça ao Pokémon lendário – e Fróes é o trainer que captura o Shiny. Seu livro e produção de faixas perdidas de Gil e Erasmo só aumentam o pedigree; ele não pesquisa, ele ressuscita.

O clímax? A confirmação que "I Remember Jeep" é o jam de "Rock Peace", revelada no box de 50 anos de All Things Must Pass. Sean fica boquiaberto, e Fróes recebe o link de Hilton como troféu. Crítico? O vídeo poderia ter 10 minutos a mais de áudio da faixa, mas ei, isso deixa a gente sedento por mais. Zupo fecha com chave de ouro, prometendo updates – ela é a rainha da cliffhanger, fazendo você se inscrever no canal na hora.

Esse vídeo não é só uma entrevista; é um portal pro que poderia ter sido, com Fröes como o mago que abre as portas. Elogio final: em tempos de IA compondo hits, humanos como ele e Zupo nos lembram que a magia está na caçada humana, no "e se?" que vira fato. Sean, com sua reação genuína, prova que o legado pulsa vivo. Assista, ria, chore um pouquinho – e saia cantando paz pro rock. É beatlemania 2.0, e eu tô dentro!

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VGo6r35YH94

Que tal ser o proprietário de uma cabana na beira do mar em Águas de Olivença, Bahia?


Vou te apresentar uma dica de investimento que pode mudar a sua vida! Seja proprietário de uma Cabana no condomínio Águas de Olivença, em Ilhéus, Bahia. Esse verdadeiro paraíso fica a 20 km do aeroporto em Ilhéus. E a 01 km do Cana Brava Resort. Ao lado do condomínio Privê. 

- Área construída: 10 m (comprimento) x 06 m (largura).
- Área do terreno: 20m x 20m.

Ideal para a atividade de cabana de Praia com comercialização de comidas, bebidas e lanches. Uma verdadeira mina de ouro durante a alta estação! Entre em contato agora, por Telefone ou WhatsApp, e solicite mais informações. 

A oportunidade está batendo à sua porta! Venha atender!

Mônica Helan
73 99194-9765 
Rone Mangabinha
73 99107-7058

Últimas Postagens

Paul McCartney ganha documentário intimista sobre a vida pós-Beatles


Um novo documentário intitulado *Man on the Run* promete revelar momentos pouco conhecidos da vida de Paul McCartney após o fim dos Beatles. Dirigido pelo premiado cineasta Morgan Neville, a produção apresenta entrevistas exclusivas, imagens inéditas e um retrato íntimo do processo de reinvenção artística do músico.

O filme teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Telluride, nos Estados Unidos, e em seguida foi adquirido pela Amazon MGM Studios. A estreia em cinemas selecionados ocorrerá em breve, e o lançamento global no Prime Video está marcado para 25 de fevereiro de 2026.

A narrativa do documentário se concentra na fase em que McCartney construiu sua carreira solo e liderou a banda Wings, mostrando como o artista superou críticas, incertezas e desafios pessoais para consolidar uma nova identidade musical. Trechos raros de bastidores e materiais de arquivo, até então inéditos, ajudam a compor a atmosfera da produção.

Morgan Neville teve acesso exclusivo a diários pessoais de McCartney, além de sete longas entrevistas com o músico. O material ainda inclui fotografias feitas por Linda McCartney, trazendo à tona um olhar mais pessoal e emocional sobre essa etapa da vida do artista.

Em paralelo ao lançamento do documentário, McCartney prepara a publicação de um livro, Wings: The Story of a Band on the Run, que chega às livrarias em novembro. A obra complementa o mergulho nessa fase da carreira do ex-Beatle e integra um amplo projeto que também envolve novas músicas e lançamentos especiais previstos para o próximo ano.

Man on the Run desponta como uma oportunidade rara para os fãs acompanharem de perto como Paul McCartney soube se reinventar em um dos momentos mais desafiadores de sua trajetória, transformando vulnerabilidade em força criativa e reafirmando seu lugar na história da música.

The Beatles Anthology renasce com DVD, disco inédito, livro ampliado e episódio extra

Trinta anos após sua estreia, “The Beatles Anthology” retorna em 2025 em uma versão completamente restaurada, remasterizada e ampliada para comemorar a longevidade e influência do quarteto de Liverpool.

A espera chega ao fim quando o documentário original — que estreou em oito episódios — ganha um episódio extra, totalizando agora nove episódios, com trechos inéditos dos bastidores e imagens dos três membros remanescentes durante a produção.

A nova versão da série documental estará disponível no Disney+ a partir de 26 de novembro de 2025.

Em paralelo, será lançado o box especial “Anthology Music Collection” em 21 de novembro de 2025. Esse conjunto inclui os três volumes remasterizados da série original (1, 2 e 3) e um novo quarto volume, “Anthology 4”, com material inédito e raridades.

“Anthology 4” contará com 13 demos e gravações de sessão inéditas, além de novas mixagens de “Free as a Bird” e “Real Love”, produzidas com tecnologia avançada de restauração sonora (machine learning), que isolou a voz de John Lennon — a mesma técnica usada em “Now and Then” (lançada em 2023).

O relançamento também inclui um livro comemorativo de 25 anos, com mais de 1.300 fotos inéditas e depoimentos dos quatro Beatles e de colaboradores próximos. A edição chega em 14 de outubro de 2025.

Toda essa reformulação — documentário, álbum, livro — foi concebida para reafirmar a atualidade e permanência do legado dos Beatles: “’The Anthology’ was always about their past, but this new edition confirms its enduring place in the present and future”.

A restauração visual do documentário foi conduzida por Peter Jackson’s production companies, enquanto o episódio nove contou com direção de Oliver Murray, garantindo imagens impressionantes e inéditas do processo criativo da série.

O produtor musical Giles Martin, filho de George Martin, é responsável pelos remixes e remasterizações apresentados nos álbuns, mantendo a rica sonoridade dos originais com tecnologia moderna.

Além disso, fãs da banda têm motivo extra para comemorar: foram anunciadas quatro filmes biográficos, cada um focado em um membro da banda, dirigidos por Sam Mendes, com elenco escalado: Paul Mescal como McCartney, Joseph Quinn como Harrison, Barry Keoghan como Starr e Harris Dickinson como Lennon.

Tracklist:
Anthology, VOLUME 4

LP 1:

Side A:

1: “I Saw Her Standing There” (Take 2)

The Beatles Bootleg Recordings 1963 – limited digital release (2013)

2: “Money (That’s What I Want”) (RM7 undubbed)

The Beatles Bootleg Recordings 1963 – limited digital release (2013)

3: “This Boy” (Takes 12 and 13) – Free As A Bird CD single (currently unavailable)

4: “Tell Her Why” (Takes 4 and 5) – previously unreleased

5: “If I Fell” (Take 11) – previously unreleased

6: “Matchbox” (Take 1) – previously unreleased

7: “Every Little Thing” (Takes 6 and 7) – previously unreleased

8: “I Need You” (Take 1) – previously unreleased

Side B:

1: “I’ve Just Seen a Face” (Take 3) – previously unreleased

2: “In My Life” (Take 1) – previously unreleased

3: “Nowhere Man” (First Version – Take 2) – previously unreleased

4: “Got to Get You Into My Life” (Second Version – unnumbered mix)

Revolver Special Edition (2022)

5: “Love You Too” (Take 7) Revolver Special Edition (2022)

6: “Strawberry Fields Forever” (Take 26)

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band Special Edition (2017)

7: “She’s Leaving Home” (Take 1 – Instrumental)

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band Special Edition (2017)


LP 2:


Side A:

1: “Baby, You’re A Rich Man” (Takes 11 and 12) – previously unreleased

2: “All You Need Is Love” (Rehearsal for BBC broadcast) – previously unreleased

3: “The Fool On the Hill” (Take 5 – Instrumental) – previously unreleased

4: “I Am the Walrus” (Take 19 – Strings, brass, clarinet overdub) – previously unreleased

Side B:

1: “Hey Bulldog” (Take 4 – Instrumental) – previously unreleased

2: “Goodnight” (Take 10 with a guitar part from Take 5)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

3: While My Guitar Gently Weeps” (Third Version – Take 27)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

4: “(You’re So Square) Baby I Don’t Care” (Studio Jam)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

5: “Helter Skelter” (Second Version – Take 17

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

6: “I Will” (Take 29)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

7: “Can You Take Me Back” (Take 1)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)

8: “Julia” (Two Rehearsals)

The Beatles (‘White Album’) Special Edition (2018)


LP 3:


Side A:

1: “Get Back” (Take 8) Let It Be Special Edition (2021)

2: “Octopus’s Garden’s” (Rehearsal)

Let It Be Special Edition (2021)

3: “Don’t Let Me Down” (First Rooftop Performance)

Let It Be Special Edition (2021)

4: “You Never Give Me Your Money” (Take 36)

Abbey Road Special Edition (2019)

5: “Here Comes the Sun”(Take 9)

Abbey Road Special Edition (2019)

6: “Something” (Take 39 – Instrumental – strings only)

Abbey Road Special Edition (2019)

Side B:

1: “Free As A Bird” (2025 Mix) – new mix

2: “Real Love” (2025 Mix) – new mix

3: “Now and Then” – 2023 Single + The Beatles 1966-1970 (‘Blue Album’) (2023)

Paul McCartney anuncia novo capítulo da carreira com álbum solo e turnê em 2026


Mais de cinco anos após o lançamento de McCartney III (2020), Paul McCartney está prestes a revelar ao público um novo álbum solo. Aos 83 anos, o músico não apenas finaliza o trabalho em estúdio, como também prepara uma série de apresentações no Reino Unido, programadas para 2026.

A informação foi publicada pelo jornal The Sun, que destacou a dedicação de McCartney ao projeto ao longo do último ano. O disco deveria ter sido lançado em 2025, mas a estreia acabou sendo adiada. Ainda assim, as gravações já estão praticamente concluídas e o artista demonstra grande satisfação com o resultado obtido.

Paralelamente, o ex-Beatle mantém a agenda de shows movimentada. A partir de 29 de setembro, ele inicia uma turnê pelos Estados Unidos, passando por cidades como Palm Desert e encerrando a série de concertos em Chicago, no dia 25 de novembro. No início deste ano, McCartney já havia surpreendido o público com apresentações intimistas no Bowery Ballroom, em Nova York.

Com um novo disco no horizonte e a expectativa de reencontrar os fãs britânicos em grande estilo, McCartney confirma mais uma vez a força criativa que sustenta sua trajetória, iniciada há mais de seis décadas e ainda em plena atividade.

Novo audiobook: Paul McCartney In His Own Words

Um curioso lançamento está sendo anunciado pela rádio BBc: um audiobook narrado por Paul McCartney.

Em entrevistas que vão de 1968 a 2009, Paul McCartney fala sobre a turnê pelo Reino Unido com o Wings (que era então uma banda nova), uma oferta em meados dos anos 70 para reformar os Beatles, os primeiros dias dos Beatles e sua separação final.

Ele também discute seus álbuns solo, recebendo a liberdade da Cidade de Liverpool, o Natal com sua família, seu amor pela música e sua carreira desde a separação dos Beatles até 2009.

As entrevistas incluem:

The World at One, BBC Radio 4 (primeira transmissão em 24 de março de 1968);

Woman’s Hour, BBC Radio 4 (primeira transmissão em 24 de fevereiro de 1972);

Entrevista de arquivo, BBC Radio (primeira transmissão em 1º de junho de 1972);

Insight, BBC Radio 1 (11 de abril de 1976);

Rock On, BBC Radio 1 (primeira transmissão em 23 de dezembro de 1978);

Entrevista de arquivo, BBC Radio (primeira transmissão em 18 de abril de 1982);

The World at One, BBC Radio 4 (primeira transmissão em 28 de novembro de 1984);

Entrevista de arquivo, BBC Radio (primeira transmissão em 15 de dezembro de 1985);

Entrevista de arquivo, BBC Radio (primeira transmissão em 12 de maio de 1989);

Entrevista de arquivo, BBC Radio (primeira transmissão em 15 de dezembro de 1982);

Parkinson Meets Paul McCartney, BBC 1 (primeira transmissão em 3 de dezembro de 1999);

Sold on Song, BBC Radio 2 (primeira transmissão em 17 de setembro de 2005);

Johnnie Walker’s Sounds of the Seventies, BBC Radio 2 (primeira transmissão em 30 de agosto de 2009).